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quarta-feira, 28 de maio de 2014

Eiras Single Track 2014 – “Remake”

Dia 01/06/2014

«Mais um mês passado, e com S. Pedro bem mais calmo, temos finalmente as condições mínimas reunidas para o EST 2014 “remake”.

Com a realização deste “remake” a Roda Pedaleira pretende exclusivamente dar a oportunidade aos que estiveram presentes no dia 02 de Março de usufruir de todos os trilhos e singles na sua plenitude.

Como o intuito deste passeio é o puro gozo e o convívio entre todos os amigos do Eiras Single Track, não haverá brindes, banhos, seguro… Mas está desde já prometido almoço e muita diversão… Para tal é necessário fazer a inscrição para Almoço Aqui ate 6ª feira dia 30 de Maio. 
Custo 5€ 
Horário 8:57H no Futuro centro desportivo Roda Pedaleira em EIRAS »
(Retirado do site dos Roda Pedaleira)

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Rescaldo do Rota do Tremoço e Almourol à Vista

Com vidas a mudar tem sido notório o afastamento das lides ciclistas, mas mesmo assim o bichinho ainda cá mora, dando de vez em quando ares da sua alegria.
E com esta introdução e ainda a ressacar do nosso "Bikesuferson Tour/2014", voltamos a marcar presença bem perto, quase a nossa segunda casa, Cadima e os seus Tremoceiros.
Vamos por partes um rescaldo rápido do que foi o Almourol à vista.

 Temos tido o hábito de pelo menos uma vez no ano, rumar a uma prova enigmática do nosso BTT Nacional. O ano passado marcamos presença em Almeida, este ano a escolhida foi Vila nova da Barquinha. Os intrépidos atletas desta aventura foram Luís Varanda, Artur Miguel, Tiago Fragão, André e João Mendes e por último eu (João Paulo).
Fomos com a ideia de relatos anterior de encontrar singles traks espectaculares, passar por sítios que só se abrem para este evento nomeadamente alguns quartéis militares , vistas grandiosas, relatos que se vieram a comprovar, quase sempre com o rio como nosso companheiro. Um bem receber esteve presente, reabastecimentos em lugares com história onde o apoio mecânico, umas bifanas e uns finos ao som do gaiteiro deram um imenso brilho a todo o percurso, não faltando single tracks impecáveis, inseridos em paisagens de se tirar o chapéu. Resumindo valeu a pena.



No regresso á nossa segunda casa, Cadima, a equipa, voltou a dar ares da sua graça com uma representação bastante interessante, longe da gloria de outros tempos, mas a troika e as mudanças na vida de cada um assim o ditam, mas mesmo assim lá estivemos, e os eleitos foram: Luís Varanda, André Mendes, Zananar, eu (João Paulo), Paulo Simões, Luís Santos, o Hélder Loureiro, que após uma longa ausência das lides desportistas, graças a avaria automóvel, fez um treino que o ajudou numa óptima prestação, o João Lucas que agora só se anda a dedicar a bater records no STRAVA de estradeira e que enganou o Paulo Pereira para participar.
( foi bom  voltar ver esta malta no BTT).
Vamos ao passeio em si, com um secretariado rápido, seguido das fotos da praxe e o cumprimento habitual aos conhecidos, depressa estávamos no controlo zero para arrancar, com os discursos e agradecimentos habituais às 09:30  lá fomos para os trilhos que o Aires e companhia prepararam para nos oferecer, uma primeira parte mais rolante que tinha como meta os Olhos da Fervença e a sua praia fluvial que é uma das imagens de marca desta localidade e também com passagem por todos os outros lugares da freguesia que estavam devidamente assinalados.
A segunda parte, essa mais técnica acabava por ser a que mais tinha para nos oferecer a nível trilhos. Alguns abertos de raiz, outros, uma reedição mas em sentido contrário, mostraram que numa zona à partida plana e sem interesse, que com trabalho e muita vontade, a transformaram  num rendilhado de singles ladeados por estradões, capaz de fazer frente a muita coisa que se faz por aí.
Reabastecimentos imaculados em que o pão com chouriço, o queque, a fruta e aquele petisco de bacalhau com um nome bastante sugestivo, faziam as delicias de quem parava e no almoço o habitual bacalhau com batatas a murro para retemperar as forças.
Para terminar umas minis, uns dedos de conversa, um café, aquele abraço e um  de certeza até para o ano.
Para concluir, gostaria de deixar aquele abraço aos Tremoceiros e agradecer pelo grande evento que nos ofereceram.
Cumprimentos:
João Paulo  (Bola 7)



P.S.
Aquele abraço ao Luís Santos que após uma queda aparatosa desistiu magoado do passeio.
Melhoras e volta depressa para os trilhos







terça-feira, 20 de maio de 2014

Col ducol duTourmalet

Col du Tourmalet - A quase derrota
(Por Luiz-Saint-Sauveur)





O Col/Passagem du Tourmalet, juntamente com outras passagens, é uma das razões pelas quais vibro com o Tour de France. A dureza, a sua beleza, e a sua história fazem dele um "must do". Desde pequeno que tenho vontade de meter as rodas naquelas estradas onde a paisagem nos apanha completamente a atenção e por mais cansados que estejamos a bicicleta anda.. e anda. Verdade seja dita, desde que vim para aqui, estava impaciente que a neve desaparecesse para me fazer à estrada: D

Duas semanas para preparar a volta, pois em autonomia total não se sabe o que se pode apanhar pelo caminho, parti de Pau por volta das 6 horas da manhã, com algum frio e roupa a menos. Rumo a Soumoulou e de seguida a Lourdes, o percurso não apresentou grandes dificuldades. No entanto a partir daí, seguindo a rota que o google maps me deu para as bicicletas, tinha de entrar numa auto-estrada, ou numa via em que os velocípedes não podiam passar. Sacar do GPS para traçar uma nova rota e siga. A partir daqui nunca mais se parou, a altimetria engana bem, por mais plano que o perfil seja, há sempre alguma coisa a "estragar" o ritmo. Subida em curva, subida curta e explosiva, enfim, de tudo. A partir foi sempre a subir até ao "sommet". No início da subida em Luiz-Saint-Sauveur, pergunto a alguns colegas do pedal se o acesso ao Col estava aberto, quando me dizem que estava fechado, pois ainda havia alguma neve. No entanto, com 75 kms já nas pernas decidi arriscar, pois fazer estes kms e voltar para trás não era hipótese. Com o começo da subida as dificuldades começaram, o pavimento estava em muito mau estado, devem estar a preparar o pavimento para levar mais asfalto. Depois de entrar em pavimento aceitável, aparece a primeira placa de contagem decrescente para o topo da subida, onde estava marcado cerca de 19 kms a uma média de 3%. Disse eu: "Faz-se". No entanto após os primeiros kms percorridos, a coisa muda de figura, e aí aparece uma média de 7%, mantendo-se entre este valor e os 9% até ao topo. De entre cabras e ovelhas a pastar e vacas no meio da estrada, ia-me distraindo. No entanto, chegado à parte de neve, nunca tinha experimentado pedalar em neve, o reflexo do sol nesta, começou mesmo a incomodar, e com o corpo a pedir comer, passei um pouco mal.
Chegado à barreira de bloqueio, existia uma pequena derrocada, havia neve na estrada e tinha-se de desmontar, fazer um pouco de cross. Cheguei a experimentar "Sku" (a falta de pitons nas sapatilhas tem disto). A partir daí foi um misto de a pé e de bicicleta durante 3 kms, o gelo na estrada é mesmo manhoso (tricky)! Chegado ao topo, paragem de 20 minutos para recuperar forças, no entanto reparei quefaltava uma parte importante no sommet, a estátua de Octave Lapize, que creio ter sido removida temporariamente devido ao Inverno. Fotos para mais tarde recordar, panorâmicas, selfies e entre outras, e começar a descida durante 19 longos kms.
Se disse mal da subida e fartei de lhe chamar nomes, pois bem, a descida não fica atrás, não levei corta vento, e como ainda havia muita neve, vento e gelo na estrada, não consegui parar de tremer a sério até ao fim desta. Além disso, não podia dos pulsos de tanto travar.
A neve é bonita, mas ao longe, com roupa, ou mesmo só nas fotos!
Paragem no sopé da montanha para uma sandes de fiambre "qualquer coisa", uma Coca-Cola, e 1,5L de água, e começar a apontar direção para casa. Mesmo de manhã, notei já algum vento, que estando contra, pensei que estaria a favor no regresso, no entanto para variar, o vento está sempre contra. Regresso tranquilo, sem furos (espero não falar cedo demais) e com algum ritmo, mas não ter roda para ajudar é complicado.
Fica na memória a mistura entre neve/pó, que quando se revê fotos antigas deixa uma nostalgia e parece que se recua no tempo, estando a presenciar esse momento que não digo épico, pois esta palavra é usada a torto e a direito sem cuidado, mas digno de deixar um valente sorriso na cara.
Não encarar a montanha de ânimo leve! Respeito por aqueles que nos anos nas décadas no "início" se faziam à montanha com relações monstruosas e quilometragens absurdas!


Para quem quiser saber um pouco mais: